quinta-feira, 11 de abril de 2013

“A Igreja sempre precisa de renovação"


Nesta quinta-feira, 11 de abril — segundo dia da 51ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Missa presidida pelo Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’ Aniello, foi celebrada em Ação de Graças pelos bispos nomeados desde a última Assembleia Geral realizada em 2012. A pauta das questões a serem abordadas hoje envolve três assuntos importantes: a situação das paróquias católicas em todo o Brasil, a tradução do Missal Romano e o Diretório de Comunicação

Na missa, Dom Giovanni D’ Aniello pediu aos novos bispos, a doação pessoal que deve acompanhar o ministério apostólico e empenho em suas iniciativas e os felicitou, lembrando do ministério apostólico que traz alegrias,  esperanças e também dificuldades:

— Saibam que não estão sozinhos. Estão unidos ao Papa e todos os membros do colégio episcopal do Brasil e do mundo inteiro,
afirmou.

Como a proposta da 51ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB se volta ao tema “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, que os bispos brasileiros estão empenhados em refletir, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer destacou, na parte da manhã, que “a Igreja sempre precisa de renovação, pois é um organismo vivo, senão ela morre”. Para o Cardeal, renovar as paróquias é “tirar delas suas potencialidades para que não sejam apenas estruturas burocráticas, mas comunidades vivas com um espírito novo e dinâmico”.

Diante das necessidades que se apresentam para a Igreja do Brasil, o arcebispo acredita que “a urgência das urgências é evangelizar”. E, para que essa renovação ocorra na estrutura, a Igreja precisa se “adequar para bem evangelizar, utilizando bem todos os meios e ocasiões”. Segundo ele, a nova evangelização
está na linha da preocupação da Igreja, que tem buscado se orientar nas reflexões e caminhos sugeridos pela Conferência de Aparecida, realizada em 2007.

Igreja missionária

Para Dom Odilo, a Igreja tem buscado estar mais próxima da sociedade e “não só a Igreja católica perde fiel. É um fenônemo cultural, onde existe uma mobilidade de valores e outras várias razões que levaram as pessoas a fazerem novas escolhas”.

 — Quando um católico deixa de ser católico, não ficamos indiferentes. Isso preocupa a Igreja, mas não temos soluções mágicas. Não podemos estar ocupados com uma pastoral de manutenção e conservação, mas com uma Igreja efetivamente missionária, disse.

 Segundo o cardeal, na atualidade acontece o fenômeno da migração religiosa, já que as pessoas estão à procura de religiões que oferecem propostas mais interessantes, “com menos comprometimento, ligadas à cultura do relativismo”, de acordo com o interesse subjetivo de cada indivíduo. Levando essa realidade em consideração, Dom Odilo apontou que o objetivo principal da Assembleia Geral é buscar a renovação das paróquias.

 — Nós estamos ocupados em refletir sobre as paróquias. Queremos renovar a estrutura da paróquia quanto à sua funcionalidade, para que seja expressão viva e dinâmica. (...) Devemos ser honestos no modo de evangelizar, apresentando a proposta do evangelho sem instrumentalizar a religião. Isso demanda tempo, paciência e perseverança, demandou.

A 51ª AG da CNBB segue até o dia 19 de abril, em Aparecida.

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