Por: Raquel Araujo
Neste sábado, 11 de maio, profissionais de comunicação, blogueiros católicos e membros atuantes na Pastoral da Comunicação aproveitaram uma manhã de formação e partilha onde puderam refletir sobre a Mensagem do Papa Bento XVI para o 47ª Dia Mundial das Comunicações, que é celebrado anualmente pela Igreja na Solenidade da Ascensão do Senhor.
Promovido pelo Vicariato para a Comunicação Social da Arquidiocese do Rio, o encontro começou com a Santa Missa presidida pelo Vigário Episcopal para a Comunicação Social, Cônego Marcos William Bernardo.
Durante a Homilia, Cônego Marcos William recordou a importância do comunicador também ser um instrumento de evangelização, até mesmo no silêncio.
- Você comunica porque Jesus no coração transborda. O nosso papel é o de estarmos cientes da missão de anunciar o Filho de Deus. E este Filho de Deus está comigo, ele habita em mim. Até quando estou em silêncio Deus fala através de mim.
Para realizar a abertura do encontro, o coordenador arquidiocesano da Pastoral da Comunicação, padre Márcio Queiroz motivou os presentes a exercitarem a comunicação voltada para o testemunho e lembrou que, ser comunicador dentro da Igreja é colocar-se a serviço de Deus.
- A nossa comunicação precisa ser voltada para uma comunicação testemunhal, que vai falar das realidades, que vai falar do seguimento, que vai falar dessa vivência do verbo encarnado hoje, no coração de cada um de nós. (...) É preciso viver essa dimensão como entrega, como um serviço de Deus que nos chama para estarmos em um determinado local, para vivermos a nossa missão nas nossas casas, nas nossas profissões, ponderou.
Citando o exemplo de Cristo, padre Márcio afirmou que o testemunho vai além das palavras. Testemunhar aquilo que se vive é servir de exemplo aos demais:
- Qual a minha identidade? Qual é a minha vivência, o meu testemunho? É o meu testemunho que vai falar por mim. Jesus é muito claro quando ele fala aos discípulos. Jesus nos ensina: façam o que eu digo porque eu faço. Isso é o testemunho. O outro faz porque me vê fazer. Mas é preciso que eu dê o testemunho por primeiro. Mas nem sempre é isso que fazemos. Sempre cobramos do outro. Não precisamos maquiar as coisas, mas dizer a realidade. A missão de cada um é aquela de amar. Jesus, na Última Ceia, diz assim: amai-vos uns aos outros e assim serão reconhecidos como meus discípulos. Portanto, quando nos falta o testemunho, nos falta a vivência de fé.
Redes Sociais: local de testemunho vivo
Logo em seguida, três palestrantes membros da PASCOM abordaram a mensagem do Papa Emérito Bento XVI: “Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços para a evangelização" e os desafios mais significativos da evangelização nos meios digitais. A jornalista Ana Maria Galheigo, o publicitário Marco Cazumba e a fotógrafa Elisa Pires trouxeram um pouco de suas experiências pessoais e partilharam sobre o comportamento do cristão católico nas redes sociais.
Segundo Ana Maria Galheigo, nos tempos atuais, o virtual torna-se cada vez mais real e é preciso propagar a Boa Nova através das redes não apenas com fotos, mas com testemunho:
- O virtual tornou-se real. Não é porque estamos atrás do computador que não estamos naquele meio. Eu estou ali, eu estou nas redes sociais. E no facebook, twitter existem pessoas que precisam de um testemunho. É preciso viver o Evangelho nas redes sociais e não apenas postar imagens, palavras. É necessário darmos o nosso testemunho, é necessário falar da nossa coerência de fé, afirmou.
Já Elisa lembrou que é preciso ser Igreja dentro e fora da internet:
- Não podemos dissociar o que somos fora do que somos dentro da internet. Da mesma forma que nos relacionamos fora da rede é o que devemos levar para dentro dela. O carisma do cristão é a evangelização e nós somos Igreja e precisamos estar dentro de todos os meios, falando como Filhos da Igreja, disse.
As redes sociais são um local de partilha e conexão. Segundo Marco Cazumba, o comportamento do cristão católico neste meio deve ser usado como uma forma de construir relações, pensando sempre em Cristo.
- Sabemos que nas redes socais também existem muitas discussões. Mas nós, católicos, temos um ponto de referência. Devemos pensar no que Cristo faria. O próprio Papa Emérito fala em sua mensagem que as redes sociais são um local de construir relações, concluiu.
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